O próximo lançamento da franquia Devil May Cry promete muitas mudanças em relação aos seus games anteriores. A Capcom decidiu que o jogo precisava de uma nova perspectiva, e terceirizou o desenvolvimento do DmC: Devil May Cry para outro estúdio: o Ninja Theory.
Com várias polêmicas e uma boa dose de rejeição por parte dos apaixonados pela franquia, o game traz uma história focada no passado, com um Dante remodelado e novos recursos. Mas e aí, o que é que podemos esperar do novo Devil May Cry?
Uma volta ao passado
Em DmC: Devil May Cry você poderá controlar a versão jovem de Dante, o principal personagem da franquia. A ideia, segundo os desenvolvedores, é mostrar como ele cresceu e qual é a sua percepção do mundo, como o fato de que ele sabe que não é um humano ou um demônio, mas sim alguém preso entre estes dois mundos.

Este “novo” Dante cresceu em orfanatos, casas de correção de jovens e lares adotivos, todos na maioria operados por demônios. Isso desenvolveu nele um ódio por estes seres – e também o desprezo por qualquer tipo de autoridade.
O jovem personagem, no entanto, traz uma grande rejeição por parte dos fãs da série. Houve, inclusive, especulações sobre o fato de que o seu visual teria sido criado com base na aparência do dono do estúdio – Tameem Antoniades.
Fonte da imagem: FotoBombApesar dos rumores, as negativas quanto a isso foram imediatas, e a empresa garante que todos vão curtir e se identificar com essa versão mais jovem de Dante. Será?
Personagens gatas e sem precisar apelar para grandes “atributos”
Falando nas características visuais do DmC: Devil May Cry, Antoniades disse, em uma recente entrevista, que a ideia no game será estimular os jogadores sem utilizar, para isso, coisas apelativas, como garotas com roupas mínimas e bustos imensos.

Segundo ele, o estúdio quer fazer com que os gamers sejam encorajados a se encantar pelas personagens femininas por meios diferenciados e “em outros níveis”. Isso porque de acordo com o desenvolvedor, “a beleza das mulheres não se resume a um grande par de seios”.
Frames por segundo
Também foi colocada em dúvida, nos últimos meses, a capacidade do estúdio de desenvolver um game com boa movimentação e também uma taxa aceitável de frames por segundo durante as partidas.
Muitas dessas suspeitas se devem ao fato de que Heavenly Sword, game desenvolvido pela Ninja Theory, não conseguiu se manter em uma taxa de, pelo menos, 30 quadros por segundo.
O estúdio, no entanto, garante que DmC: Devil May Cry deve trazer uma jogabilidade suave e com boa taxa de frames. Inclusive, Tameem Antoniades declarou que o game tem apresentado um desempenho muito satisfatório nesse sentido durante os testes até agora realizados.
Mais história e combates melhorados
Ao que tudo indica, o próximo Devil May Cry vai trazer maior capricho no desenvolvimento da história durante a partida. A ideia é que não só o game seja hardcore, mas que todo o enredo também se apresente como um divisor de águas na franquia.
Por isso, o jogo conta com uma espécie de equipe de consultores, como músicos dos mais variados gêneros, além de um escritor que trabalha junto com Antoniades no desenvolvimento da história do game.
E se a Ninja Theory acredita que isso é parte fundamental para que um jogo conquiste pessoas em todo o mundo, a ideia é também integrar isso com um sistema de combates divertido e que não seja atrapalhado por um enredo muito elaborado.

De acordo com o estúdio, muita atenção tem sido dada a este quesito, de modo que história e combate poderão “andar juntos” dentro da atmosfera criada em DmC: Devil May Cry.
Os desenvolvedores garantem que encontraremos algo parecido com um filme, onde a ação e as atitudes de cada personagem serão mais reais e que tudo isso vai obedecer a regras que “vão fazer mais sentido”.
Por que outro estúdio?
Mais capricho na história, personagens remodelados e um enredo diferenciado. Mas a Capcom do Japão não seria capaz de fazer tudo isso? Sim, mas o desejo da empresa é conseguir uma visão diferente de toda a franquia.
A escolha do Ninja Theory se deu porque os japoneses queriam uma abordagem mais ocidental do game, algo que fosse capaz de trazer uma percepção totalmente nova. E segundo o estúdio terceirizado, é isso que eles estão buscando.

Outra mudança que deve surgir com força de acordo com Antoniades é o fato de que o novo jogo terá uma sequência mais sólida, não parecendo somente uma grande quantidade de mini-games com batalhas, mas sim, algo com partes capazes de se conectarem entre si durante as partidas.
A perigosa reinvenção de um grande sucesso
E será que investir na remodelagem de uma franquia de sucesso foi algo precipitado por parte da Capcom? Só quando colocarmos as mãos em que DmC: Devil May Cry é que essa pergunta poderá ser respondida.
Foi uma atitude ousada, isso ninguém pode negar, mas os riscos assumidos pela empresa também são grandes, afinal de contas, essa repaginada pode ser algo muito bem-vindo – ou um tiro capaz de sair pela culatra.
DmC: Devil May Cry ainda não tem data de lançamento definida e deve chegar para PlayStation 3 e Xbox 360.





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